Time campeão comemorando com a taça

A História dos Pérolas Negras

A construção da Academia Pérolas Negras (APN) começou em 2009 nos arredores de Porto Príncipe, capital do Haiti. A implantação foi afetada pelo terremoto de 2010 e as atividades iniciadas em 2011.

A história da APN no Brasil começou em 2016 com a inauguração de um Centro de Treinamento em Paty do Alferes. No ano seguinte, 2017, o Clube se tornou membro da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), vencendo o campeonato da Série “C” do carioca logo no primeiro ano de existência.

Desde 2018, os Pérolas disputam a Série “B2” do estadual e apresentam uma evolução constante nos resultados. Em 2019, o CT brasileiro se mudou para Resende, Região Centro Sul Fluminense, onde atualmente está o polo central da rede internacional de futebol dos Pérolas Negras.

Números de Impacto e Histórias de Sucesso

Os Pérolas Negras realizaram em 2019 uma pesquisa com os egressos para fazer um acompanhamento sobre o impacto da iniciativa na vida dos beneficiários. Participaram desse estudo 327 jovens, sendo: 216 haitianos, 106 brasileiros, quatro sírios e um venezuelano. Os resultados revelam números consideráveis, principalmente entre os haitianos, maior parte da amostra e grupo com alto nível de vulnerabilidade social. Em termos de empregabilidade, 99% dos haitianos estão empregados atualmente. Destes, 81% trabalham no Haiti e 18% fora do país. A maioria deles, 112, são jogadores profissionais de futebol.

Ao traçar um comparativo entre a renda dos Pérolas em formação – um grupo bem jovem, com faixa etária entre seis e 20 anos – com os egressos – mais maduros, com idades entre 15 e 30 – percebemos grandes diferenças. A maioria dos atletas em formação (86%) recebem até 100 US$ mensais (amostra considerando 130 cadastrados). Já entre os egressos: 25% estão na faixa salarial entre 100 US$ e 199 US$, 28% entre 200 US$ e 399 US$, 23% entre 400 US$ e 799 US$ e 8% recebem entre US$ 800 e US$ 8.000 (percentuais em relação a uma amostra de 165 respondentes).

Existe muito trabalho por trás desses números. Centenas de Pérolas haitianos e brasileiros estão mobilizados na conquista de um sonho em comum, ser jogador profissional de futebol. Oracius Wilmont é um desses casos. Com apenas 22 anos, o haitiano deixou os Pérolas em 2018 e está atualmente no Sevan, time da Armênia. Segundo o site especializado transfermarkt, o passe de Oracius está valendo 25 mil euros e em valor ascendente. Esse preço é pequeno se comparado ao passe do haitiano Jonel Désiré, de 22 anos, ponta de lança do time Lori Vanadzor, também da Armênia e avaliado em 300 mil euros. Outro jogador promissor é Etienne Valdo. Com uma trajetória internacional, ele já competiu na Copa do Mundo Sub 17, passou pelos EUA, pelos Pérolas no Brasil e atualmente joga como meia defensivo no Real Hope FA do Haiti.

Os Pérolas em 2019

O valor doado pelo VRB em 2019 para a APN foi de 950 mil reais. A Sodexo também apoia a iniciativa e há parcerias com a FIRJAN e o Descomplica.

Além do futebol, a Academia Pérolas Negras também se dedica à educação dos jovens atletas, com foco nos jogadores da categoria Sub 20, residentes em Resende. No momento, existe um espaço, chamado Crescente Fértil, a alguns metros do CT, totalmente dedicado à educação. No local, são ofertadas aulas de Aceleração Escolar, com auxílio da plataforma EaD do Descomplica, Resolução Pacífica de Conflitos e Inglês Instrumental.

A linha de atuação do projeto consiste em integrar educação e esporte considerando a importância desses dois aspectos para a vida dos jovens atletas. Por isso, foi aberta, em parceria com a FIRJAN, uma turma totalmente dedicada aos jogadores Sub 20. Atualmente, seis deles estão matriculados no Curso Profissionalizante de Assistente Administrativo.

No aspecto esportivo, o time encerrou o Campeonato Carioca da Série B2 em terceiro lugar da categoria profissional. Mesmo consagrando-se campeões no primeiro turno, o clube permaneceu na “B2” porque somente os dois primeiros colocados na classificação geral sobem para a “B1”.

Já na categoria Sub 20, o clube conquistou o título de campeão do segundo turno e garantiu uma vaga no quadrangular final. Entretanto, com uma derrota e apenas um empate, o time ficou de fora da grande final de 2019.

Perspectivas para 2020

O ano de 2020 promete muito crescimento e ainda mais desafios para o projeto. Através de uma parceria com a Junior Achievement (JA) e a Plataforma Descomplica, os Pérolas Negras pretendem começar a escrever uma nova página da história deles com a ampliação da Base em 11 territórios vulneráveis do estado do Rio de Janeiro, incluindo Bangu, Cidade de Deus, Maré, Fonseca, Pendotiba, Duque de Caxias e Itaboraí.

A iniciativa, batizada de Pérolas Juniors, buscará ampliar o número de atletas de 210 para cerca de 2410, com custo diário por beneficiário de 1,5 real. Deste total de atletas, 450 receberão aulas de empreendedorismo, com a metodologia mundialmente consagrada da JA, além de reforço escolar, com auxílio da Plataforma Descomplica. O projeto buscará trazer visibilidade para os talentos das favelas, chances de progressão para os destaques esportivos, apoio escolar e melhorar a gestão das escolinhas participantes.

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