Policiais assistindo a apresentação em auditório

História

As estatísticas da guerra urbana no estado do Rio de Janeiro são comparáveis a de confrontos entre países. Para se ter uma ideia, de 1994 a 2017 a Polícia Militar contabilizou a estatística de cerca de 18.633 policiais feridos ou mortos em combate. Segundo números divulgados pela BBC, isso é equivalente a 50% de todos os mortos e feridos da guerra do Iraque entre 2003 e 2010. Em 2017, só o estado do Rio de Janeiro teve 134 policiais militares assassinados. Isso equivale a 30% de todos os óbitos de PMs do Brasil durante o mesmo período.

O “Compromisso com o Futuro do Rio” nasce da necessidade de debater, qualificar e comunicar com propriedade o tema da vitimização policial para a proposição de novas políticas públicas e uma maior aproximação da corporação com veículos da grande mídia, organizações e, sobretudo, a própria sociedade. Para atingir os objetivos, o projeto se articulou em dois eixos principais: vitimização e comunicação.

Esse é um projeto que o VRB contratou diretamente uma equipe de especialistas em Segurança Pública para trabalhar o eixo da vitimização. Esse time é formado pelo ex-comandante geral da PM, Coronel Ubiratan Ângelo, o Coronel Gilbert Rodrigues e o Capitão Sandro Costa. Por sua vez, o eixo da Comunicação foi liderado pelo jornalista Sidney Rezende. Durante o ano de 2019 foram investidos 326 mil reais na iniciativa (Nov/19).

Ações Realizadas no Eixo da Vitimização

As realizações do “Compromisso com o futuro do Rio” tiveram início em janeiro de 2018, com o Seminário “O Futuro Começa Hoje: ações da PMERJ para 2018”. Nesse evento, foram listadas 16 propostas para a melhoria da Corporação. Mais de 300 especialistas compareceram ao evento. Das 16 propostas, 12 foram incluídas no Plano Estratégico da Intervenção Federal na Segurança do RJ. A PMERJ emitiu um boletim oficial de reconhecimento pelo suporte do VRB para o desenvolvimento do evento e consequentemente pela contribuição ao diagnóstico realizado.

Mais tarde, em setembro do ano passado, o VRB consolidou um artigo sobre dados da vitimização policial, escrito por especialistas em Segurança Pública, e, dois meses depois, elaborou um questionário com 107 perguntas relacionadas ao tema. Essa foi a maior pesquisa de opinião já executada dentro da PMERJ. Foram coletadas 9.328 entrevistas com conteúdo relevante para a polícia e grande potencial de embasamento para implementação de ações estratégicas e elaboração de políticas públicas, principalmente no combate à vitimização.

O VRB também promoveu eventos importantes para a qualificação e debate da vitimização policial. Em abril, foram convidadas 250 pessoas do Mercado Financeiro para um café da manhã. Durante o encontro, foi apresentado um painel com a participação do professor Guilherme Moreira, dos coronéis Ubiratan Ângelo e Fábio Cajueiro e com mediação do jornalista Sidney Rezende.

Em maio, com apoio do VRB, aconteceu o 1° Simpósio Nacional de Vitimização Policial. Estiveram presentes 25 comandantes Gerais de todas as PMs do Brasil e suas respectivas comitivas. Isso representa 92,6% do comando das 27 Polícias Militares do país.

Por fim, como forma de auxiliar ainda mais na qualificação do tema, foram apresentados painéis sobre vitimização policial para mais de 500 pessoas durante as duas edições do VRB Private Conference, no RJ e SP.

As ações do VRB contribuíram para trazer o debate à tona e contribuir para a implantação de medidas efetivas pelo poder público.

Ações Realizadas no Eixo da Comunicação Interna e Externa

Ao tratar a Comunicação, é necessário separá-la em dois públicos, o interno e o externo. Para isso, a pesquisa de opinião, citada na seção anterior, atendeu ao público interno e ainda teve uma dupla função estratégica. Se, por um lado, serviu como ferramenta para aprofundamento do tema da vitimização, por outro, foi a maior pesquisa já realizada dentro da PMERJ, com objetivo de aprimorar a relação entre o Comando e o Efetivo Policial.

A forma como a PM se comunica externamente com a mídia sempre foi um ponto sensível para a corporação. Considerando essa perspectiva, foi desenvolvido um curso de Media Training, ministrado pelo jornalista Sidney Rezende, com a finalidade de instrumentalizar os oficiais envolvidos na Comunicação da PM e aprimorar o discurso e o diálogo com os jornalistas.

Em 2019, aconteceram dois treinamentos. O primeiro, em janeiro, foi direcionado para os membros da Coordenação de Comunicação Social da Polícia (CComSoc), incluindo o próprio Coronel Mauro Fliess, uma major, dois capitães e dois jornalistas civis. O segundo, em junho, contou com 10 oficiais, entre comandantes e subcomandantes, de diferentes batalhões da PMERJ. Neste mesmo evento, realizado no Quartel General, também foi desenvolvido um workshop com oficiais superiores, comandantes, chefes e diretores. No total, foram capacitados 120 policiais.

Um dos pedidos do Coronel Fliess foi para o Media Training atender a oficiais de diferentes cidades e regiões do estado. Dessa forma, vários PMs estão aptos a se relacionar com os veículos de comunicação, a exemplo do que aconteceu durante o sequestro do ônibus na ponte Rio Niterói, em agosto de 2019, quando um comandante do Bope capacitado por Sidney Rezende fez a comunicação e a fala com a imprensa.

Renascer, Servir e Proteger

Em outra frente, o planejamento consiste em investir no “Renascer, Servir e Proteger”, criado para ajudar os policiais que perderam os movimentos das pernas ou braços, em algum acidente ou no cumprimento do dever. Criado em 2009 pela Diretoria de Assistência Social, o projeto tem como objetivo oferecer melhorias na qualidade de vida dos policiais militares deficientes, envolvendo seus familiares. O VRB está aguardando a autorização da PMERJ para realizar as doações. Outra meta da instituição é contribuir para que o projeto fique elegível para aportes do setor privado via lei de incentivo fiscal.

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