A sífilis, doença sexualmente transmissível, voltou a ser uma epidemia no Brasil. Os dados do Ministério da Saúde apontam que os casos de sífilis transmitida de mãe para filho subiram 20,9 no Brasil entre 2014 e 2015. No estado do Rio de Janeiro a situação é ainda pior, o índice é de 12,4 casos por cada mil bebês nascidos vivos, contra a média nacional de 6,5.
O Saúde na Linha, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, iniciou um programa de monitoramento de bebês com sífilis em 12 unidades de saúde da zona Sul do Rio de Janeiro. O programa promove assistência a 90 bebês de favelas como Rocinha, Santa Marta e Vidigal. Em dezembro de 2017, a revista Época foi conhecer uma grávida e seu bebê que foram atendidas pelo Saúde na Linha na Rocinha. A mãe tinha sífilis, mas foi tratada pelo programa durante a gravidez e agora mãe e filha estão livres da doença.
Criado em 2015, o Saúde na Linha ajuda a identificar gestações de risco e orienta mulheres grávidas, pais e cuidadores de crianças entre zero e dezoito meses de vida. O projeto acontece em parceria com prefeituras integrado à rede de atenção primária de saúde.
Os pacientes são acompanhados constantemente através de ligações telefônicas, e profissionais de saúde são alertados em caso de complicação. Com o apoio do VRB, o programa foi introduzido em Paraty em 2017 e está em fase de implementação em Muriaé.